Oferta de Disciplinas 2017.1
14 de março de 2017 2023-11-15 10:40Oferta de Disciplinas 2017.1
Oferta de Disciplinas 2017.1
DISCIPLINAS E PROGRAMAS
COM536 – CONTEMPORANEIDADE, COMUNICAÇÃO E CULTURA
(Obrigatória Para o Mestrado e para o Doutorado – Colegiados 337 e 351)
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Prof. Dr. Wilson da Silva Gomes
Quarta-feira, das 14h50min. às 18h30min
COM524 – TEMAS EM COMUNICAÇÃO E CULTURA CONTEMPORÂNEAS
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Profs. José Carlos Santos Ribeiro e Maria Lucineide Andrade Fontes (Os Professores dividirão a carga horária)
Terça-feira, das 13h55min. às 17h35min.
COMA67 – TEMAS EM TEORIAS DA ANÁLISE DE PRODUTOS E LINGUAGENS DA CULTURA MEDIÁTICA
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Profs. Maria Carmem Jacob de Souza e Ludmila Moreira Macedo de Carvalho
Terça-feira, das 13h55min. às 17h35min.
COMA81 – ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO E POLÍTICA I
Carga Horária: 34h Créditos: 2
Profª. Jussara Borges de Lima
Quinta-feira, das 13h55min. às 15h45min.
COMA82 – ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO E POLÍTICA II
Carga Horária: 34h Créditos: 2
Prof. Wilson da Silva Gomes
Sexta-feira, das 08h50min. às 10h40min.
COMA68 – TEMAS EM PRÁTICAS DA ANÁLISE DA RECEPÇÃO
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Profs. José Francisco Serafim e Sandra Straccialano Coelho
Sexta-feira, das 13h55min. às 17h35min.
COM790 – PESQUISA ORIENTADA
Horário a Combinar (Trata-se de atividade, não tendo horário definido)
COM791 – TIROCÍNIO DOCENTE ORIENTADO
Horário a Combinar (Trata-se de atividade, não tendo horário definido)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
COM536 – CONTEMPORANEIDADE, COMUNICAÇÃO E CULTURA
(Obrigatória Para o Mestrado e para o Doutorado – Colegiados 337 e 351)
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Prof. Dr. Wilson da Silva Gomes
Quarta-feira, das 14h50min. às 18h30min
“MEDIA EFFECTS”: NOVAS PERSPECTIVAS
I – Descrição
Na disciplina serão examinados alguns dos principais modelos teórico-metodológicos vigentes, neste momento, nos estudos de comunicação. Tais modelos pertencem ao mainstream da pesquisa em comunicação de massa, representado pelos ambientes científicos anglo-americanos e anglófonos. Nesses ambientes, o cerne da pesquisa em comunicação se concentra nos estudos sobre os chamados efeitos ou impactos cognitivos e comportamentais dos meios de massa (“media effect”). Aquilo que no Brasil geralmente é denominado “teoria da comunicação” é uma resenha dos modelos teórico-metodológicos dos estudos de media effects e da sua aplicação aos fenômenos sociais. Tais resenhas, em geral, alcançam até o início dos anos 1980, deixando o estudioso sem informação sobre os modelos e as teorias contemporâneas, aplicadas aos problemas contemporâneas. A meta desta disciplina é examinar as questões e os principais modelos teórico-metodológicos, ainda em uso nos anos 1990 e 2000.
II – Responsabilidades dos Estudantes
1. Participação
Espera-se dos estudantes que leiam com atenção e profundidade a bibliografia do curso. A literatura solicitada deve ser lida necessariamente e é destinada a oferecer ao estudante a possibilidade de compreensão dos elementos básicos e da aplicação do modelo teórico-metodológico. Espera-se, além disso, que os estudantes participem das discussões em classe e que estejam preparados para tanto fazendo as leituras prévias e as revisões necessárias. A participação em classe vale 20% e irá certamente influenciar a nota final.
A maior parte das classes será empregada em seminários, com participação direta dos estudantes. Os seminários deverão promover uma revisão consistente de literatura sobre “media effects” de modo a produzir uma compreensão adequada do estado da arte nesta especialidade. As leituras servirão como fundamentação e ponto de partida para as discussões conduzidas pelos alunos e supervisionadas pelo professor. Espera-se uma leitura que não tome as asserções dos textos lidos como verdade absoluta; a leitura que se espera deve ao mesmo tempo ser cuidadosa e desafiar as conclusões e premissas do autor, além apresentar as próprias posições de maneira argumentada e fundamentada. Os estudantes devem sentir-se livres para apresentar questões acerca das leituras e dos comentários dos outros estudantes, e para propor as próprias alternativas.
2. Tarefas
As tarefas fundamentais consistem na preparação dos seminários e na preparação de um trabalho final. A cada aula, as atividades das classes seguintes serão atribuídas, assim como as obrigações de relatoria e debate. Para cada texto o estudante deverá preparar uma ficha modelo de leitura, que será entregue previamente ao professor. Os seminários dependem da preparação dos estudantes, portanto ausências e o não cumprimento das tarefas terão graves consequências sobre o coletivo.
3. Exames e Notas
Além das tarefas mencionadas, os estudantes deverão produzir um trabalho final, monográfico, sobre um dos tópicos do curso (até 8000 palavras, incluídas notas de rodapé e referências), na forma de um artigo científico.
As notas finais dos estudantes serão baseadas nos seguintes critérios:
Monografia final 40% da nota final
Participação em classe 20% da nota final
Preparação e apresentação dos seminários 40% da nota final
A frequência às classes é obrigatória, nos horários e dias previstos. Impontualidade será considerada descortesia. Os estudantes ausentes das classes no momento da chamada receberão falta. A participação em classe irá certamente influenciar a nota final.
PROGRAMA
I – A pesquisa sobre os efeitos da comunicação: os primeiros cinquenta anos.
Walter Lippmann, jornalismo e opinião de massa; Propaganda e psicologia, de Harold Lasswell a Carl Hovland; Lazarsfeld e equipe de “The People’s Choice” (1944) a “Voting” (1954).
II – Os principais modelos teóricos e metodológicos: os últimos quarenta anos.
1. Quem pauta? Da hipótese do agenda-setting à ideia do segundo nível de agendamento.
2. A Espiral do Silêncio como hipótese da formação da opinião pública.
3. A hipótese do cultivo de representações e comportamentos pela televisão.
4. O efeito do efeito pressuposto: Third-Person Effect.
5. A hipótese do enquadramento: Media Framing.
6. A hipótese do Media Priming.
7. O fenômeno da comunicação adversária: Media Hostil Phenomenon
LEITURAS
LEITURAS INTRODUTÓRIAS
BRYANT, J.; THOMPSON, S. Fundamentals of media effects. Boston: McGraw Hill, 2002.
DE FLEUR, M.; BALL-ROKEACH, S. Teorias da comunicação de massa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
JEFFRES, L. W. Mass media effects. Prospect Heights: Waveland Press, 1997 3.
MCQUAIL, D. Teoria da comunicação de massas. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2003. [1983]
WOLF, M. Teorias da comunicação. Lisboa: Ed. Presença, 1995.
WOLF, M. Los efectos sociales de los media. Barcelona: Paidós, 1994.
LIVRO TEXTO
BRYANT, J.; ZILMANN, D. (org.) Media effects: advances in theory and research. New Jersey: Lawrence Erlbaum, 2002.
MATERIAL DE TRABALHO
A bibliografia completa será entregue no primeiro dia de aula, assim como o conjunto dos artigos, em PDF, que deverão ser lidos ou consultados durante os seminários.
COM524 – TEMAS EM COMUNICAÇÃO E CULTURA CONTEMPORÂNEAS
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Profs. José Carlos Santos Ribeiro e Maria Lucineide Andrade Fontes (Os Professores dividirão a carga horária)
Terça-feira, das 13h55min. às 17h35min.
EMENTA:
A disciplina tem como proposta discutir e analisar algumas particularidades relacionadas com as dinâmicas sociocomunicacionais efetivadas na ambiência das redes sociais digitais. Para tanto, as discussões serão agrupadas em dois grandes eixos temáticos.
No primeiro, o foco estará direcionado à exploração dos aspectos que envolvem a compreensão sobre como os indivíduos, usuários das tecnologias digitais (e em particular, das plataformas de redes sociais digitais), estão construindo e vivenciando na prática os seus esquemas representacionais e as suas experiências sociais para configurar o self mediado pelo uso de dispositivos e de ambientes tecnológicos de última geração. Tendo como base a análise dos processos de gerenciamento e de controle dos comportamentos expressivos, serão apresentados e problematizados os conceitos de apresentação de si (self-presentation), exposição de si (self-disclosure), gerenciamento de impressão (impression management) e auto-monitoramento (self-monitoring), dentro do cenário contemporâneo, no qual a publicação e a divulgação das informações sociais digitais ganham mais importância nestes complexos ambientes de comunicação mediada.
No segundo eixo temático, a ênfase se dará nos efeitos, nas transformações e nos impactos produzidos na esfera pública e nos processos de deliberação social e política a partir da mudança de lógica na produção, circulação, consumo e recirculação da informação noticiosa com o advento das plataformas e ambiências digitais, ao redimensionar e desestabilizar os modelos de comunicação de massa vigentes até o final do Século XX. Conceitos como lógica dos algoritmos das redes sociais digitais, jornalismo imersivo, pirâmide deitada, narrativas transmidiáticas, pós-verdade, fake-news, quebra do polo emissor, veículos de nicho em rede, internet das coisas, news gap e jornalismo em base de dados estarão entre os conceitos priorizados no segundo eixo.
COMA67 – TEMAS EM TEORIAS DA ANÁLISE DE PRODUTOS E LINGUAGENS DA CULTURA MEDIÁTICA
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Profs. Maria Carmem Jacob de Souza e Ludmila Moreira Macedo de Carvalho
Terça-feira, das 13h55min. às 17h35min.
EMENTA
Abordagens metodológicas contemporâneas que examinam as relações entre os processos de criação de obras culturais e artísticas e os seus processos de produção, circulação, consumo e recepção. Estilo e autoria na ficção audiovisual contemporânea. Contribuições das abordagens de Pierre Bourdieu, Nick Couldry e John T. Caldwell.
OBJETIVOS
A questão do estilo de diretores, roteiristas e outros profissionais que atuam na criação e produção da ficção audiovisual contemporânea provoca importantes reflexões no campo das práticas analíticas de produtos da cultura mediática. Na disciplina COMA70, ofertada em 2016, tratamos das abordagens metodológicas de Ernest Gombrich, Michael Baxandall, David Bordwell e Pierre Bourdieu sobre o estilo das obras e dos criadores que atuam no campo da produção cultural mediática contemporânea. Na disciplina COMA67 vamos ampliar esses estudos por meio de uma experiência imersiva nas malhas teóricas e nos programas de pesquisa de Bourdieu, Caldwell e Couldry, autores que permitem problematizar métodos de análise das relações entre os estilos dos autores da ficção audiovisual e os contextos de produção, distribuição e recepção dessas obras (fílmicas, televisivas, publicitárias, entre outras).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU, Pierre. As Regras da Arte. Trad. Maria Lúcia Machado. São Paulo: Cia das Letras, 2002.
_______. Campo intelectual e projeto criador. In: Pouillon et al. (orgs.). Problemas do Estruturalismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
______ As estruturas sociais da economia. Porto: Campo das letras, 2006.
______. A Distinção: Crítica Social do Julgamento. Porto Alegre/São Paulo: Zouk/Edusp, 2007.
CALDWELL, John T. Production Culture: Industrial Reflexivity and Critical Practice in Film and Television. California: Duke University Press, 2008.
_________________. Production Studies: Cultural Studies of Media Industries. Routledge, 2009
_________________ Televisuality: Style, Crisis and Authority in American Television. New Brunswick: Rutgers University Press, 1995.
COULDRY, Nick and Hepp, Andreas (2013) Conceptualizing mediatization: contexts, traditions, arguments Communication Theory, 23 (3). 191-202. ISSN 1050-3293
___________ Television as a ritual space Studies of Broadcasting Culture, 22 (1). 8-29. ISSN 1739-1830, 2010.
___________ Theorising media as practice In: Bräuchler, B. and Postill, J., (eds.) Theorising Media and Practice. Anthropology of media (4). Bergahn Books, Oxford, 35-54, 2010.
___________ Sociology and cultural studies: an interrupted dialogue In: Hall, John R. and Grindstaff, Laura and Lo, Ming-Cheng, (eds.) Handbook of Cultural Sociology. Routledge, Abingdon, 77-86, 2010.
___________ and Hepp, Andreas What should comparative media research be comparing? Towards a transcultural approach to ‘media cultures’ In: Thussu, Daya Kishan, (ed.) Internationalizing Media Studies. Routledge, Abingdon, 32-48, 2009.
___________ Form and power in an age of continuous spectacle In: Hesmondhalgh, David and Toynbee, Jason, (eds.) The Media and Social Theory. CRESC: culture, economy and the social. Routledge, Abingdon, 161-176, 2008.
___________ Mediatization or mediation? Alternative understandings of the emergent space of digital storytelling New Media and Society, 10 (3). 373-391, 2008.
___________ On the set of The Sopranos: ‘inside’ a fan’s construction of nearness In: Gray, Jonathan and Sandvoss, Cornel and Harrington, C. Lee, (eds.) Fandom: Identities and Communities in a Mediated World. New York University Press, New York, NY, USA, 139-148, 2007. ___________ Theorising media as practice Social Semiotics, 14 (2), 2004.
___________ Passing ethnographies: rethinking the sites of agency and reflexivity in a mediated world In: Murphy, Patrick and Kraidy, Marwan, (eds.) Global Media Studies: an Ethnographic Perspective. Routledge, New York, USA, 40-56, 2003.
___________ Media, symbolic power and the limits of Bourdieu’s field theory Media@LSE electronic working papers, 2. Department of Media and Communications, London School of Economics and Political Science, London, UK, 2003.
___________ Media Rituals: A Critical Approach. Routledge, London, 2002. ISBN
___________ Playing for celebrity: Big Brother as ritual event. Television and New Media, 3 (3). 283-293, 2003. ___________ Inside culture: re-imagining the method of cultural studies. Sage, London, 2000.
AVALIAÇÃO
Artigo acadêmico que sintetize a abordagem metodológica de um dos autores examinados no curso (até 20 páginas, times new roman, fonte 12, espaço 1,5).
Prazo de entrega do trabalho final: até 40 dias após o encerramento do curso
COMA81 – ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO E POLÍTICA I
Carga Horária: 34h Créditos: 2
Profª. Jussara Borges de Lima
Quinta-feira, das 13h55min. às 15h45min.
EMENTA
Disciplina monográfica sobre temas atuais e questões relevantes na área de comunicação e política.
No semestre letivo de 2017.1, a discussão se concentrará na influência das competências infocomunicacionais na atuação política da sociedade civil. Isso engloba compreender as competências para o consumo e a produção de conteúdo (competência em informação) e as competências para estabelecimento e manutenção da interação com diferentes atores políticos, participação em ambientes de mídias participativos e desenvolvimento e promoção de redes sociais (competências em comunicação). Também serão abordados conceitos emergentes como a new media literacy e a metaliteracy e sua relação com a participação em processos sociais.
CONTEÚDO
Participação política na teoria democrática
Atuação política da sociedade civil
Democracia digital
Competências infocomunicacionais para atuação política
New media literacy
Metaliteracy
MÉTODO DAS AULAS
Exposições participativas;
Seminários – apresentação de trabalhos preparados pelos alunos, de acordo com seus interesses de pesquisa conjugados aos temas discutidos na disciplina.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Haverá 3 critérios de avaliação:
• Participação em aula – peso 3;
• Qualidade do trabalho final – peso 7
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BORGES, Jussara. Participação política, internet e competências infocomunicacionais: evidências a partir de organizações da sociedade civil de Salvador. Salvador: EdUFBA, 2013.
GOHN, M. O protagonismo da sociedade civil: movimentos sociais, ONGs e redes solidárias. São Paulo: Cortez, 2005.
JENKINS, H. Confronting the challenges of participatory culture: Media education for the 21st century Cambridge (Massachussets): Mit Press, 2009.
MAIA, R. C. M. et al (Org.). Internet e participação política no Brasil. Porto Alegre: Sulina, 2011.
UNESCO. Media and information literacy: policy & strategies. Paris, 2013
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
FERRÉS PRATS, J.; PISCITELLI, A. La competencia mediática: propuesta articulada de dimensiones e indicadores. Comunicar: Revista científica iberoamericana de comunicación y educación, n. 38, p. 75-82, 2012.
JACOBSON, T.E.; MACKEY, T.P. Proposing a metaliteracy model to redefine information literacy. Communications in Information Literacy, v. 7, n. 2, p. 84-91, 2013.
LAISNER, R. A participação em questão: ponto ou contraponto da representação na teoria democrática? Estudos de Sociologia, v. 14, n. 26, p. 17-35, 2009.
MACKEY, T.P.; JACOBSON, T.E. Reframing Information Literacy as a Metaliteracy. College & Research Libraries, v. 72, n. 1, p. 62-78, 2011.
PRIMO, Alex. Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2011
SEMINÁRIO DE COMPETÊNCIAS INFOCOMUNICACIONAIS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL. Livro de Memória. Salvador, 2012
SIEMENS, G. Conociendo el conocimiento: Nodos Ele, 2010.
THOMAS, A.B.; HODGES, A.R. Build Sustainable Collaboration: Developing and Assessing Metaliteracy Across Information Ecosystems. ACRL, 2015, p. 78-94.
WESTERN BALCAN INFORMATION LITERACY CONFERENCE. Information literacy in the digital world, 2016, Bihac, Bosnia and Herzegovina. Proceedings… Bihac: Limerick Institute of Technology, 2016
WITEK, D.; GRETTANO, T. Teaching metaliteracy: a new paradigm in action. Reference Services Review, v. 42, n. 2, p. 188-208, 06/03; 2015/06 2014.
WILSON, Carolyn. Alfabetización mediática e informacional: proyecciones didácticas. Comunicar – Revista Científica de Educomunicación, v. 20, n. 39, p. 15-24, 2012
COMA82 – ESTUDOS AVANÇADOS EM COMUNICAÇÃO E POLÍTICA II
Carga Horária: 34h Créditos: 2
Prof. Wilson da Silva Gomes
Sexta-feira, das 08h50min. às 10h40min.
DESCRIÇÃO
Governo digital (e-government, e-gov, governo eletrônico) é um dos temas-chave dos estudos sobre política em meios digitais. Por governo digital se entende a interface entre as tecnologias e affordances digitais, os usos e práticas que constituem os ambientes de comunicação em meios digitais e as questões relacionadas ao governo e à governança pública e democrática. Há cerca de 20 anos vem se constituindo como uma linha de pesquisa com volume crescente de publicações e cujo alcance interdisciplinar envolve disciplinas como Comunicação, Ciência Política, Administração e Computação. Hoje consolidada e reconhecida, a área de governo digital merece uma revisão de literatura consistente e capaz de refletir os seus principais subtemas e especialidades, os seus principais problemas e os seus mais novos desdobramentos.
OBJETIVOS
Dar ao aluno um conhecimento avançado sobre o estado da arte nos vários subtemas de governo digital, por meio de uma revisão consistente e avançada literatura científica sobre o tema.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
A origem da ideia, primeiras formulações, principais vertentes
Principais tipologias e taxonomias da ideia de Governo Digital
O problema das desigualdades digitais
O “e-public service delivery”
A adoção dos governos digitais: dificuldades e prognósticos
E-participation, e-deliberation e e-transparency
Governos Digitais, Governos Abertos e Dados Governamentais Abertos
O “crowdsorcing” de políticas públicas e outras formas de interação digital com o governo
Governo, Governança Digitais e Smart Cities
Governo Digital e “Social Media”
Do Governo Digital ao M-Government
Entre Governo Digital e Democracia Digital
REQUISITOS
A disciplina exigirá do aluno uma considerável dedicação semanal (com carga de leitura de dois artigos, em inglês, por semana), conhecimento da língua inglesa em nível avançado e alguma formação nos temas de política e governo.
COMA68 – TEMAS EM PRÁTICAS DA ANÁLISE DA RECEPÇÃO
Carga Horária: 68h Créditos: 4
Profs. José Francisco Serafim e Sandra Straccialano Coelho
Sexta-feira, das 13h55min. às 17h35min.
EMENTA
Aspectos da análise das práticas de recepção, apreciação e consumo de linguagens e produtos da cultura mediática.
OBJETIVOS
A disciplina tem por objetivo abordar aspectos éticos e estéticos do cinema do real, buscando articulá-los à reflexão sobre questões fundamentais do documentário, tais como narrativa, montagem, voz, uso de arquivos, entrevistas, etc. Através da leitura de bibliografia atualizada, bem como da exibição de filmes, se pretende fornecer instrumentos para compreender a produção audiovisual contemporânea do real, estimulando a reflexão crítica a respeito das diferentes possibilidades e desafios que se colocam na intersecção entre seus aspectos cognitivos e expressivos.
METODOLOGIA
Aulas expositivas, exibição de filmes, seminários.
AVALIAÇÃO
– Presença e participação nas atividades de sala de aula;
– Trabalho final: elaboração de um artigo (arquivo de até 20 páginas; fonte Times New Roman, corpo 12, espaçamento 1,5) que reflita sobre alguns dos temas da disciplina que sejam relevantes para os projetos de pesquisa individuais dos alunos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Gênero documental e a(s) subjetividade(s) do documentário;
2. Ética do cinema do real X Estéticas do documentário;
2.1. Alteridades: Construindo o outro; Construindo o inimigo; Construindo o sujeito coletivo;
2.2. A presença do cineasta: O corpo; A voz;
2.3. Documentário e memória histórica: Arquivos; Testemunho; Encenação.
BIBLIOGRAFIA
AUSTIN, THOMAS & JONG, Wilma de. Rethinking documentary. New perspectives, new practices. Berkshire: Open University Press, 2008.
BRINK, Joram ten; OPPENHEIMER, Joshua (orgs.). Killer images: Documentary Film, Memory and the Performance of Violence, Londres & Nova York: Wallflower Press, 2012.
CHANAN, Michael. The politics of documentary, London: BFI, 2007.
_______________. El documental y el espacio publico, Archivos de la Filmoteca, n.57, oct. 2007 – fev. 2008, pp.68-99.
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder – a Inocência Perdida: cinema, televisão, ficção, documentário, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tocam o real, Pós, Belo Horizonte, v.2, n.4, nov.2012, pp. 204-219.
DUMARESQ, Daniela. Uma controvérsia chamada Os mestres loucos, Revista ANTHROPOLÓGICAS, ano 13 (2009), vol. 20(1+2), pp. 27-55.
ELSAESSER, Thomas (ed.). Harun Farocki: working on the sightlines, Amsterdan: Amsterdan University Press, 2004.
FRANÇA, Andrea. A reencenação no cinema documentário, MATRIZes, No 1 jul./dez. 2010, pp. 149-161.
FREIRE, Marcius. Documentário: ética, estética e formas de representação, São Paulo: Annablume, 2012.
GUIMARÃES, César; LIMA, Cristiane. A ética do documentário: o Rosto e os outros, Contracampo, n.17, 2007, 145-162.
______________________________. Crítica da montagem cínica, Doc On-line, n.07, dez. 2009, pp. 6-16.
JUHASZ, Alexandra & LERNER, Jesse (Edts.). F is phony. Fake documentary and truth’s undoing. Minneapolis/London: University of Minnesota Press, 2006.
LINS, Consuelo. O documentário de Eduardo Coutinho: Televisão, Cinema e Vídeo, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 2004.
MENEZES, Paulo. Les maîtres fous, de Jean Rouch: questões epistemológicas da relação entre cinema documental e produção de conhecimento, Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol.22, n.63, fevereiro de 2007, pp.81-91.
MIGLIORIN, Cezar (Org.). Ensaios no real: o documentário brasileiro hoje. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2010.
NAGIB, Lúcia. Regurgitated bodies: presenting and representing trauma in The Act Killing, capítulo de livro (no prelo) desenvolvido a partir de Conferência proferida na World Documentary Film and TV Conference, Falmouth University, 4-6 September 2014.
NICHOLS, Bill. Cuestiones de ética y cine documental, Archivos de la Filmoteca, n.57, oct. 2007 – fev. 2008, pp. 29-45.
___________. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2005.
NIney. François. L’épreuve du réel à l’écran. Essai sur le principe de réalité documentaire. Bruxelles : de Boeck & Larcier, 2004.
PLANTINGA, Carl. Caracterización y ética en el género documental, Archivos de la Filmoteca, n.57, oct. 2007 – fev. 2008, 46-67.
RANCIÈRE, Jacques. Se o irrepresentável existe, In: O destino das imagens, Rio de Janeiro: Contraponto editora, 2012.
RUSSEL, Catherine. Experimental ethnography. The work of film in the age of vídeo. Durham/London: Duke University Press, 1999.
WINSTON, Brian. Claiming the real. The griersornian documentary and its legitimations. London: British Film Institute, 1995.
FILMOGRAFIA
Arbeiter verlassen die Fabrik, Harun Farocki, Alemanha, 1995, 36’.
Au pays des mages noires, Jean Rouch, França, 1947, 13’.
Bataille sur le grand fleuve, Jean Rouch, França, 1950, 40’.
Boca de lixo, Eduardo Coutinho, Brasil, 1993, 50’.
Garapa, José Padilha, Brasil, 2009, 1h50’.
General Idi Amin Dada: um autorretrato, Barbet Schroeder, França, 1974, 90’.
Jesus no mundo maravilha, Newton Cannito, Brasil, 2007, 52’.
Juízo, Maria Augusta Ramos, Brasil, 2007, 1h30.
Justiça, Maria Augusta Ramos, Brasil/Hol., 2004, 1h40.
Los rubios, Albertina Carri, Argentina, 2003, 1h29.
No quarto de Vanda, Pedro Costa, Portugal/Alem./Sui., 2000, 2h50.
Notícias de uma guerra particular, João Moreira Salles, Brasil/Esp., 1999, 57’.
Ônibus 174, José Padilha e Felipe Lacerda, Brasil, 2002, 2h30.
O pesadelo de Darwin, Hubert Sauper, Aus/Bel/Fr/Alem., 2004, 1h47’.
Os mestres loucos, Jean Rouch, França, 1955, 36’.
Santiago, João Moreira Salles, Brasil, 2007, 1h20.
Santo Forte, Eduardo Coutinho, Brasil, 1999, 1h20.
Sinos do Abismo: Fé e Superstição na Rússia, Werner Herzog, Alemanha/EUA, 1993, 60’.
The act of killing, Joshua Oppenheimer, Ing/Nor/Din., 2012, 1h55’.
The flat, Arnon Goldfinger, Israel/Alem., 2011, 1h37.
Valsa com Bashir, Ari Folman, Isr/Fr/Alem. e outros, 2008, 1h30.
Videogramas de uma revolução, Harun Farocki, Alem./Rom., 1992, 1h46.