Disciplinas 2014.2

Notícia / Oferta de Disciplinas

Disciplinas 2014.2

OFERTA DE DISCIPLINAS – 2014.2

COM543 – CIBERESPAÇO, COMUNICAÇÃO E CULTURA
Profs. Drs. José Carlos Santos Ribeiro e Leonor Graciela Natansohn
Quinta-feira – das 14h às 18h

COM 524 – TEMAS EM COMUNICAÇÃO E CULTURA CONTEMPORÂNEAS
Profª. Dra. Ludmila Moreira Macedo de Carvalho
Sexta-feira – das 14h às 18h

COMA78 – CIBERPOLÍTICA E CIBERDEMOCRACIA
Prof. Dr. Wilson da Silva Gomes
Quarta-feira – das 15h às 19h

COM546 – SEMINÁRIO AVANÇADO (Apenas para alunos do Doutorado – Obrigatória)
Profª. Drª. Maria Carmem Jacob de Souza
Terça-feira – das 14h às 18h

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

COM543 – CIBERESPAÇO, COMUNICAÇÃO E CULTURA
Profs. Drs. José Carlos Santos Ribeiro e Leonor Graciela Natansohn
Quinta-feira – das 14h às 18h

Ementa: Estudo teórico e/ou empírico sobre os aspectos comunicacionais e culturais do ciberespaço. Analise das estruturas e características das redes telemáticas planetárias e seus fenômenos socioculturais (chats, listas e demais comunidades virtuais, blogging, ciberativismo, wi-fi, etc.). A disciplina privilegia a dimensão socio-cultural dos aspectos comunicacionais da cibercultura.

Tema: A disciplina tem como objetivo explorar aspectos sócio-interacionais, epistemológicos e sócio-antropológicos dos ambientes comunicacionais contemporâneos, com ênfase nas comunicações digitais. Para tanto, serão efetuados exames críticos das perspectivas teóricas desenvolvidas por dois autores. Em um primeiro momento, discutiremos a perspectiva de Erving Goffman, conhecida como teoria dramatúrgica, buscando verificar suas contribuições para o entendimento das dinâmicas sociais efetivadas em um contexto fortemente marcado pelo crescente uso de tecnologias digitais. No momento seguinte, examinaremos algumas propostas reflexivas desenvolvidas por Donna Haraway, enfatizando questões tais como o conhecimento situado, a relação entre tecnologia e subjetividade, o ciberfeminismo e principalmente a assunção da tecnociência como um processo social e uma prática semiótico-material, um espaço ideológico, um texto codificado.

Procedimentos Metodológicos: A disciplina está dividida em módulos, que serão desenvolvidos e explorados através de seminários (com duração de 1 hora e 30 minutos aproximadamente) e debates mediados a partir da leitura da bibliografia sugerida. Cada aula terá um ou dois textos guias que deverão ser lidos e fichados de maneira obrigatória por todos; os demais textos serão apenas lidos e servirão para aprofundamento da discussão em grupo. É recomendável, na apresentação do seminário, que o aluno tenha uma postura crítica dos textos trabalhados, e que articule os conteúdos com os de sua própria pesquisa em andamento (e, de maneira complementar, com as dos colegas).

Avaliação:

– Frequência, participação em sala de aula, realização de tarefas nos prazos estipulados – – Apresentação do seminário temático
– Fichamentos dos textos discutidos
– Entrega de um trabalho monográfico que verse sobre um dos tópicos discutidos durante as aulas contendo 30 a 35 mil caracteres (incluindo espaços, título, resumo, notas de rodapé, referências bibliográficas); fonte Times New Roman, corpo 12, espaço 1,5; resumo de 4 a 8 linhas, corpo 10, espaço simples. O prazo final para entrega do trabalho será de 20 dias após a última aula da disciplina.

Referências Bibliográficas Iniciais:

BRISSELT, D.; EDGLEY, C. (eds.). Life as theater. A dramaturgical sourcebook. New York: Walter de Gruyter, Inc., 1990.

GASTALDO, E. (org.). Erving Goffman: Desbravador do cotidiano. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2004.

GOFFMAN, E. Forms of talk. Philadelphia: Univ. of Pennsylvania Press, 1981.

_________. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1996.

_________. Comportamentos em lugares públicos. Petrópolis: Vozes, 2010.

_________.Rituais de Interação: Ensaios sobre o comportamento face a face. Petrópolis: Vozes, 2011.

_________.Os Quadros da Experiência Social. Uma perspectiva de análise. Petrópolis: Vozes, 2012.

HARAWAY, D.. Um manifesto para os ciborgues: ciência, tecnologia e feminismo socialista na década de 80, in: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Tendências e impasses. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

_________ Companion_Species_Manifesto.  Dogs, People, and Significant Otherness. Chicago: Prickly Paradigm Press, 2003.

_______ Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature, New York: Routledge, and London: Free Association Books, 1991.

_______ Las promesas de los monstruos: Uma política regeneradora para otros inapropiados/bies. In Política y Sociedad, n. 30, Madrid, 1999. P. 161-163.

_______ O humano numa paisagem pós-humanista. Revista Estudos Feministas, n.2, Santa Catarina: UFSC, 1993.

________ Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagú n. 5, 1995.

________ Modest_Witness@Second_Millenum.FemaleMen©_Meets_OncoMouse™. London: Routledge, 1996.

JOSEPH, I. Erving Goffman e a microssociologia. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2000.

LEMERT, C.; BRANAMAN, A. (eds.). The Goffman reader. Blackwell, 1997.

NUNES, J. Interacionismo simbólico e dramaturgia. A sociologia de Goffman. Goiânia: Editora UFG, 2005.

COM 524 – TEMAS EM COMUNICAÇÃO E CULTURA CONTEMPORÂNEAS
Profª. Dra. Ludmila Moreira Macedo de Carvalho

Sexta-feira – das 14h às 18h

Ementa:
 Abordagem monográfica de tema, aspectos ou autores relevantes nos campos da comunicação e da cultura contemporâneas.

Tema: Ao longo da história dos estudos cinematográficos, o autor já foi assassinado e ressuscitado incontáveis vezes, da celebração dos talentos individuais de alguns cineastas pelos críticos franceses da Cahiers du Cinéma e sua política dos autores na década de 1950, até a corrente semio-narratológica a partir dos anos 1970 e a tentativa de erradicação da figura antropomórfica da enunciação narrativa. Fato é que a autoria, enquanto conceito, permanece sendo um dos pontos mais nevrálgicos tanto da teoria cinematográfica quanto das metodologias práticas de análise de filmes e outros produtos audiovisuais (televisão, ficção seriada, videoclipes etc.). A disciplina irá se deter sobre as principais questões teóricas a respeito do conceito de autoria no cinema, buscando, para isso, suas origens nos estudos literários e nas teorias da representação ficcional.

Conteúdo Programático:


1) Genealogia do autor: da palavra de Deus à palavra do homem; nascimento e desconstrução do escritor clássico

2) Relações entre texto, significação e autor: Autoria e intenção; O autor no texto e o autor biográfico; Identidade pessoal e identidade narrativa

3) A autoria no cinema: Cahiers du Cinéma, a Política dos autores e suas repercussões teórico-analíticas (Sarris, Buscombe, Wollen)

4) Autoria, enunciação, estilo: opacidade e transparência na enunciação fílmica; a questão do estilo na mise-en-scène audiovisual

Metodologia:
 A disciplina será composta por aulas expositivas, análises de filmes e outros produtos audiovisuais, além de seminários de apresentação das leituras feitas pelos alunos e discussões de textos.

Avaliações:
 Contará para a avaliação final a participação e frequência aos encontros (10% da nota final), a apresentação dos seminários (20% da nota final) e a entrega de um trabalho escrito individual ao final da disciplina (70% da nota final).

Bibliografia:

ARISTÓTELES. Poética. Trad. Eudoro de Sousa. São Paulo: Abril cultural. 1991.

ASTRUC, Alexandre. Naissance d’une nouvelle avant-garde: La câmera-stylo. L’écran Français. Paris, n. 144, 1948.

BARTHES, Roland. “A morte do autor”. In: O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

BAZIN, André et al. La politique des auteurs. Paris: Cahiers du Cinéma Livres, 1984.

BENVENISTE, Émile. “O aparelho formal da enunciação”. In: Problemas de linguística geral II. Capinas: Pontes, 1989.

BERNARDET, Jean-Claude. O autor no cinema. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BORDWELL, David. Figuras traçadas na luz. A encenação no cinema. São Paulo: Papirus, 2009.

____. Sobre a história do estilo cinematográfico. Campinas: Unicamp, 2013.

CAUGHIE, John. Theories of authorship. London/New York: Routledge, 1981.

COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria. Literatura e senso comum. Belo Horizonte: editora UFMG, 2001.

DE BAECQUE, Antoine. La política de los autores: manifestos de una generación de cinéfilos. Barcelona: Paidos, 2002.

DERRIDA, Jaques. “Assinatura, acontecimento, contexto”. In: Margens da filosofia. São Paulo: Papirus, 1991.

ECO, Umberto. Obra Aberta. São Paulo: Perspectiva, 1991.

Eco, Umberto. Lector in fabula: A cooperação interpretativa nos textos narrativos. São Paulo: Perspectiva, 2002.

FOUCAULT, Michel. O que é um autor? Lisboa: Vega, 1992.

GAUDREAULT, André e JOST, François. A narrativa cinematográfica. Brasília: UNB, 2010.

GENETTE, Gerard. O discurso da narrativa. Lisboa: Vega, 1995.

GESTNER, David; STAIGER, Janet (Orgs.). Authorship and Film. London; New York: Routledge, 2003.

KLINGER, Diana. Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada etnográfica. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.

RAMOS, Fernão Pessoa (Org.). Teoria contemporânea do cinema: Pós-estruturalismo e filosofia analítica. São Paulo: Senac, 2004.

RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. 3 Tomos. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

____. O si mesmo como um outro. Tradução de Lucy Moreira César. Campinas: Papirus, 1994.

PROUST, Marcel. Contre Sainte-Beuve. Paris: Gallimard, 2006.

SARRIS, Andrew. “Notes on the auteur theory in 1962”. In: Film theory and criticism. BAUDRY, Leo; COHEN, Marshall (Orgs.). New York: Oxford University Press, 2004.

SARTRE, Jean-Paul. O que é a literatura. São Paulo: Ática, 1993.

TRUFFAUT, François. “Une certaine tendance du cinéma français”. Cahiers du Cinéma, Paris, n. 31, 1954.

TRUFFAUT, François. “Ali Baba et la politique des auteurs”. Cahiers du Cinema, Paris, n. 44, p. 45-46, 1955.

VANOYE, Francis e GOLIOT-LETE, Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas: Papirus, 1994.

WEXMAN, Virgina Wright (Org.). Film and Authorship. New Brunswick; New Jersey; London: Rutgers University Press, 2003.

WIMSATT, W.K., e BEARDSLEY, Monroe. “The Intentional Fallacy”. In: The Verbal Icon. Studies in the Meaning of Poetry. Lexington: University of Kentucky Press, 1967.

WOLLEN, Peter. Signos e significação no cinema. Lisboa: Horizonte, 1979.

COMA78 – CIBERPOLÍTICA E CIBERDEMOCRACIA
Prof. Dr. Wilson da Silva Gomes
Quarta-feira – das 15h às 19h

Importante: 1) Será um seminário, com leitura de dois artigos em inglês toda semana e com apresentações por parte dos alunos; 2) Ser capaz de ler bem artigos em inglês é essencial; 2) O seminário vai das 15h às 17h. 

Ementa: A disciplina se ocupará com a discussão contemporânea sobre as consequências e os efeitos da internet sobre a democracia e o jogo político. Em particular, considerará os seguintes tópicos: conceitos fundamentais de comunicação e política; Democracia Digital; Esfera Pública eletrônica; Sociedade Civil: cidadania e movimentos sociais no ciberespaço; jogo político; partidos, eleições, comunicação política, ciberpolítica; Desigualdades digitais: exclusão digital, oportunidades digitais; regulamentação de acesso e controle de conteúdo na web.

Tema: Democracia Digital

I – Descrição

Na disciplina serão examinados os meios e os modos através dos quais os novos meios e dispositivos de comunicação de largo alcance, principalmente a internet e os seus sistemas, influenciam a dinâmica da democracia e da política no Brasil e no mundo, além de considerar o alcance de tal alteração no campo político contemporâneo. De forma geral, examinaremos o impacto da internet sobre o estado da democracia contemporânea. Tópicos específicos incluirão o exame de projetos de democracia digital, governo ou estado eletrônicos, os dispositivos digitais para o incremento das possibilidades democráticas e as oportunidades para a sociedade civil provenientes das novas tecnologias da comunicação.

II – Responsabilidades dos Estudantes

1. Participação

O curso será oferecido na forma de seminário, com leitura e apresentação da literatura de ponta sobre o tema da e-democracia. Neste sentido, a capacidade de leitura avançada em inglês é essencial para a preparação dos seminários. Os seminários deverão promover uma revisão consistente de literatura sobre democracia digital de modo a produzir uma compreensão adequada do estado da arte nesta especialidade. As leituras servirão como fundamentação e ponto de partida para as discussões conduzidas pelos alunos e supervisionadas pelo professor. Espera-se uma leitura que não tome as asserções dos textos lidos como verdade absoluta; a leitura que se espera deve ao mesmo tempo ser cuidadosa e desafiar as conclusões e premissas do autor, além apresentar as próprias posições de maneira argumentada e fundamentada. Os estudantes devem se sentir livres para apresentar questões acerca das leituras e dos comentários dos outros estudantes, e para propor as próprias alternativas.

Espera-se dos estudantes que leiam com atenção e profundidade a bibliografia do curso. Espera-se, além disso, que os estudantes preparem os seminários e participem das discussões em classe e que estejam preparados para tanto fazendo as leituras prévias e as revisões necessárias. A participação em classe, na discussão e na apresentação dos seminários, corresponderá a 60% da nota.

2. Tarefas

As tarefas fundamentais consistem na preparação dos seminários e na preparação de um trabalho final. A cada aula, as atividades das classes seguintes serão atribuídas, assim como as obrigações de relatoria e debate. Os estudantes receberão o conjunto de artigos que deverão ser lidos, normalmente na razão de dois artigos por semana. Os seminários dependem da preparação dos estudantes, portanto ausências e o não cumprimento das tarefas terão graves conseqüências sobre o coletivo.

3. Exames e Notas

Além das tarefas mencionadas, os estudantes deverão produzir um trabalho final, monográfico, sobre um dos tópicos do curso (até 8000 palavras, incluídas notas de rodapé e referências), na forma de um artigo científico.

As notas finais dos estudantes serão baseadas nos seguintes critérios:

Monografia final 40% da nota final
Seminários 50% da nota final
Participação em classe 10% da nota final

A freqüência às classes é obrigatória, nos horários e dias previstos. Impontualidade será considerada descortesia. Os estudantes ausentes das classes no momento da chamada receberão falta. A participação em classe irá certamente influenciar a nota final.

Ambição intelectual será recompensada e acompanhada. Os estudantes que quiserem superar o limite mínimo de leituras e atividades terão todos os meios e recursos para isso, podendo contar inclusive com a hora extra que o professor coloca à disposição semanalmente para o atendimento. Dúvidas e questões de qualquer estudante poderão ser apresentadas ao professor no horário de atendimento extra-classes (agendar por e-mail: wilsonsg@terra.com.br) ou nas próprias classes, se pertinente.

Programa:

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TÓPICO

METODOLOGIA

1

Fundamentos de Teoria Democrática Aulas expositivas

2

Breve histórico da pesquisa sobre Democracia Digital Aulas expositivas/Seminários

3

eParticipation (eConsultation, Digital Budgeting, eDecision Making [eLaw Making], ePetitioning) Seminários

4

eDeliberation & Internet-Based Public Sphere Seminários

5

eGovernment & eParliament Seminários

6

eTransparency & Open Government Seminários

7

Civil Society & Grassroots eDemocracy Seminários

8

ePolitics Seminários